12 abril 2010

A quem interessar possa*

Bom, estou no estágio da raiva no modelo de Kübler-Ross. Acho que tenho o direito de por toda a raiva e ira da podridão humana para fora, não vou acidificar o sarcasmo, mas vou tentar estipar essa lama viscosa.

Se eu pudesse escolher, não queria ter tudo de volta. Não, nesse momento eu gostaria de contratar o Jules do Pulp Fiction para ir atrás daqueles que entraram aqui e ver o pânico, o mesmo pânico que a insegurança traz, em seus rostos ao ver Jules recitar seus versos decorados:
Há uma passagem que eu memorizei, me parece apropriada para esta situação: Ezequiel 25:17*. "O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas injustiças dos egoístas e pela tirania dos homens maus. Abençoado é aquele que, em nome da caridade e da boa-vontade pastoreia os fracos pelo vale da escuridão, pois ele é verdadeiramente o protetor de seu irmão e aquele que encontra as crianças perdidas. E Eu atacarei, com grande vingança e raiva furiosa aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá: chamo-me o Senhor quando minha vingança cair sobre você".
- Personagem de Samuel L. Jackson, antes de alvejar um dos personagens secundários do filme


Ah, como é doce o prato frio da vingança... Talvez seja por isso que a humanidade exista, para espalhar o caos e a injustiça sobre todas as coisas, trazer guerra e sofrimento a seu semelhante, não no sentido capitalista material, mas sob as formas físicas e principalmente psicológica, pois afinal não somos seres físico-psíquico-social? Senti uma até gastrite só de pensar em Medicina Social...

Bom é isso. Me sinto até mais leve agora. Só peço desculpa a todas as pessoas queridas que amo, , mas precisava registrar aqui minha indignação.



*Desabafo após o roubo aqui no meu apartamento em 03/2010

Mas, eim?

Certo dia me perguntaram:
-Raul, o que você quer do futuro?

-Sobre o quê???

-Sobre tudo...

A habilidade de falar a coisa certa no momento certo não é meu forte, então respondi algo leviano. Mas a pergunta continuou ecoando na minha cabeça, o que me fez pensar muito a respeito. Por mais que tentei, lá estava a pergunta, martelando, o que eu quero do futuro???

Essa sociedade de consumismo nunca me agradou. Essa venda midiática de valores superflulos e descartáveis que hoje são muito valorizados, também não.. Também nunca fui muito apegado à bitolação do pensamento, nunca fui o dono da verdade e assim como meu xará musico, prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo....

Mas tudo bem, eu sei, o ponto fundamental de tudo é que buscamos tanto o direito de ter escolhas, um mínimo de base na sociedade para desfrutar da liberdade, sempre se adaptando e buscando as melhores opções. Mas neste ponto já estamos aderidos a teia da sociedade, que não decidimos nada...


Quem sabe pensar um pouco da teoria do rizoma não seria melhor para todos?


Ainda fica a pergunta: E o resto, por que é tão difícil ??
 
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