Não são poucos os astrônomos que
dedicam tempo, energia e recursos em busca de evidências de vida em
outros planetas espalhados pelas galáxias afora, e um número crescente
de pessoas parece acreditar que não estamos sozinhos no universo.
Mas
você só está hoje lendo este texto e respirando neste mundo graças a um
intrincado conjunto de condições ambientais, e sem qualquer uma das
quais este planeta seria tão deserto quanto qualquer rocha cósmica por
aí.
Confira uma compilação de “acasos” que se juntaram para permitir a prosperidade dos seres vivos da nossa Terra:
13 – Distância exata para o sol
A
distância que separa a Terra do sol é de aproximadamente 150 milhões de
km (uma Unidade Astronômica – UA). Se estivéssemos alguns milhões de
quilômetros mais próximos, seria quente demais. Um pouco mais distantes,
seria frio demais. A razão para haver esta zona habitável é simples: a
temperatura é ideal para haver água em estado líquido.
12 – Influência da lua
Você
já parou para pensar que as primeiras formas de vida da Terra, que
surgiram no mar, jamais teriam como alcançar o solo seco se o oceano
fosse apenas um grande lago de água parada? E não é mais novidade que a
lua é responsável por controlar as marés. Sem um empurrãozinho das
ondas, é possível que a vida em nosso planeta ficasse restrita aos
mares.
11 – Rotação
Se
a rotação de nosso planeta não fosse regular, um dos lados estaria
exposto aos raios solares permanentemente, enquanto o lado oposto jamais
receberia esta benção. Obviamente, a vida seria inviável em qualquer
uma das condições, com calor ou frio extremos. Dessa maneira, mesmo que
você não goste de acordar de madrugada antes do sol nascer, ou que
escureça à tardinha, é graças a isso que estamos aqui.
10 – Gravidade constante
Grande
parte dos conceitos físicos que permeiam a vida, de maneira geral, é
possível apenas graças à famosa força de atração que Newton enunciou. A
forma e o peso dos objetos só podem ser definidos devido a isso.
Atividades básicas da vida, tais como movimentar objetos e os próprios
corpos, seriam muito mais complicadas sem a gravidade.
9 – Campo magnético
Uma
força invisível, mas facilmente comprovável, nos protege de sermos
atingidos por partículas que o vento solar carrega até a Terra. Tal
campo funciona, segundo as teorias mais aceitas, exatamente como um
escudo. Tal escudo é formado a partir de uma linha circular, como um
bolsão, traçada entre os polos magnéticos sul e norte da Terra. Sem esta
proteção, estaríamos fritos. Literalmente.
8 – Zonas temperadas
Compare
o número de espécies animais das quais você já ouviu falar nas
extremidades da Terra: provavelmente, não irá muito além de pinguins no
polo sul, ursos no norte, além de alguns peixes exóticos que conseguiram
se adaptar a condições tão adversas. Agora pense na tropical floresta
amazônica: incontáveis variedades de bichos, desde pequenos insetos até
grandes mamíferos. O fato de haver áreas atingidas pelo sol em
quantidades equilibradas é considerado essencial para a manutenção da
vida.
7 – Água, água por todos os lados
Não
é à toa que qualquer avanço na observação de possíveis fontes de água
em marte ou na lua é sempre comemorado e incita novas investigações: a
existência de água em estado líquido é um dos indicativos mais claros de
condições para haver vida em um planeta. A Terra, com 70% de sua
superfície coberta de oceanos, é privilegiada por essa razão.
6 – Nível do mar estável
Ainda
falando de oceanos: é realmente muita sorte que o nível geral do mar,
sob condições normais, se mantenha estável. O fato de as águas não
invadirem o continente com periodicidade e constância indefinidas
facilita o estabelecimento de seres vivos em ambos os ambientes. É uma
pena, no entanto, que esta situação esteja mudando para pior com o
aquecimento global e o derretimento das calotas.
5 – Plantas verdes
Uma
interessante teoria afirma que a cobertura vegetal da Terra em seus
primeiros milhões de anos pode ter sido roxa, e não verde. Apenas quando
foi concluído o “esverdeamento” de nossos vegetais é que a vida animal
teve condições de surgir. A razão para isso é muito simples: plantas
verdes são sinais da existência de clorofila, que por sua vez é um
indicativo de fotossíntese, que produz oxigênio para nós. Na época do
planeta roxo, os vegetais usavam alguma outra molécula para seus
processos biológicos.
4 – Eletricidade
Há
quase 60 anos, dois cientistas americanos simularam a origem da vida na
Terra em laboratório, com o experimento batizado de Miller-Urey em
homenagem a eles próprios. Os pesquisadores utilizaram, em estado
primitivo, os gases e outros componentes químicos que estariam
originalmente envolvidos no surgimento do primeiro ser vivo. A partir
disso, foram-se criando os mais básicos aminoácidos, que dariam o
pontapé inicial da vida na Terra. Como essas reações se ativaram?
Segundo tal experimento, foi graças a descargas elétricas. Exatamente
iguais às que hoje observamos pela janela em noites de trovoada.
3 – Movimentos geológicos
A
existência de placas tectônicas é um ponto crucial, segundo as teorias
mais aceitas, para que a vida no planeta pudesse se desenvolver. A
constante movimentação da crosta terrestre a partir de vulcões e
terremotos nos primórdios da Terra permitiu que houvesse maior
circulação de componentes químicos importantes para tal surgimento. Se
toda a superfície terrestre fosse agrupada em um único e estático bloco,
estes eventos poderiam não ter acontecido jamais.
2 – O espaço a nossa volta
Cientistas
concordam que a Terra não “nasceu” com tudo o que era necessário para
que tenhamos vida atualmente: alguns elementos, possivelmente até a
água, foram trazidos de fora por gigantescos corpos celestes que
colidiram com nosso planeta ainda nas primeiras etapas de sua formação.
Além disso, o consenso básico é que a Terra jamais poderia abrigar vida
se estivesse no vácuo: é necessário que ela esteja inserida no ambiente
do sistema solar.
1 – “Tempo de maturação”
Hoje
em dia é difícil impressionar alguém citando a atual idade aproximada
da Terra: embora 4,54 bilhões de anos seja um período de tempo
incomensurável, já nos acostumamos à ideia de que sim, o planeta é
velho. Mas nem todos os planetas já observados têm tanto tempo de vida
assim: alguns nascem e são destruídos em questão de poucos milhões de
anos ou ainda menos. Por essa razão, é válido destacar que a vida só
prosperou no planeta porque ele mesmo resistiu. Os ancestrais mais
antigos do ser humano surgiram há cerca de 4 milhões de anos, menos de
um centésimo da idade do planeta